Tal como em muitas outras coisas da vida, não queria acreditar no que se estava a passar no domingo e no veredicto pautado pelo meu ainda marido: "Acho melhor avançarmos com o divórcio.".
Assim foi dito, assim se mantém, assim eu estou a viver desde domingo (mais ontem), com o coração na boca, as lágrimas fáceis e o desespero a percorrer-me o corpo todo.
A E. tem 8 meses e quase 2 semanas e, principalmente quando olho para ela, sinto o peso da responsabilidade insuflado, pois serei muito responsável pelo seu bom ou não desenvolvimento a todos os níveis.
Por vezes, sinto que nem de mim sei tomar conta, e agora, depois de tanto lutarmos por um filho/a, surge a ruptura, o quebrar dos sonhos de passeios a três, risos a três, preocupações a três, partilhas a três.
Surge o sentimento de a minha/nossa Filha não merecer ter o Pai e a Mãe separados, quando ambos a amam tanto!
Surge o receio de não "dar conta do recado sozinha", pois nunca assim o imaginei, muito menos o desejei.
Surge a revolta, pelas circunstâncias de estar desempregada e a casa onde vivemos ser dele, de eu ter de começar uma vida nova, de rompante, com a minha deliciosa ao colo e a vontade de chorar disfarçada à sua frente.
Quero gritar, pedir ajuda, não me sinto suficientemente forte (mas se calhar vou sê-lo!), sinto-me só, quero resgatar a minha vida a dois, que se calhar só teve mesmo momentos felizes e só na minha cabeça podería ser feliz, tal é o desejo e sempre foi.
Divergências, pontos de vista diferentes, filho único, sogros a viver ao lado, cansaço de noites mal dormidas e de só agora parecer que encontrámos um lugar para a E. estar durante o dia (a 1ª ama não a podia ter de manhã, no Infantário passou mais tempo em casa doente, agora nova ama, há 2 semanas e pico).
E os 35 a chegar, o trabalho a fugir (e eu dele, agora queria era descansar, é verdade! E bem preciso!!), a divisão de tarefas a ter um fim, os abraços e beijos a não existirem mais, a decepção de uma vez por todas.
Vou dar o meu melhor, mesmo com a ajuda de uma "alavanca", que não dormir e chorar dá cabo de mim e não me permite raciocinar, tratar da minha filha bem, nem trabalhar.
E é isso que eu preciso fazer e não ficar tulhida de movimentos, pensamentos e emoções.
Vai ser duro, muito!
Mas eu vou conseguir!
6 comentários:
Não a palavras que te possa escrever é uma situaçao muinto complicada,tem muita força .
UM BEIJO ENORME PARA TI
amiga, nem imagino como te sentes, não será uma decisão precipitada? por vezes uma pausa para as pessoas pensarem bem nas consequências, ajuda. um beijinho grande
espero que não seja um decisão definitiva!!! que consigam se entender...
um grande beijinho e muita força
Só te podemos mandar muita força e beijos grandes ... estamos aqui para ouvir os teus desabafos, as tuas tristezas e as tuas alegrias.
Beijos
Ola, passei por aqui hoje e não pude deixar de ler o teu post. É sempre muito triste quando uma relação chega ao fim...
Espero que consigas o melhor para ti e para a E.
Beijhinhos.
Fiquei em choque, assim como imagino que deves ter ficado =S Depois de todas as dificuldades, depois de tanta luta..., porquê?? Porque é que os homens tomam as decisões assim, sem falar sobre os problemas, sem tentar uma solução, sem um esforço verdadeiro, sem pensar na situação em que fica a mulher e a filha... Enfim... Dói muito mas, vocês vão ser fortes, vão ultrapassar esta fase e vais ver que depois de isto tudo passar vocês vão-se tornar mais fortes e unidas que nunca.
Um beijo doce e um abraço apertado, nós estaremos aqui a torcer por ti
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