29.8.08

Sol de pouca dura...



Sol de pouca dura... mas lá fora o sol brilha e eu insisto em não o ver!

Sinto-me novamente em baixo, cansada, com dificuldade em dormir e sem vontade de sair de casa... e farta de cá estar, também.
Cansada dos dias rotineiros que persistem em existir e eu em deixá-los permanecer assim.

Desorientada também com a falta de perspectivas profissionais, após a licença de maternidade, e sem iniciativa para inverter a situação.

Insegura com mil e uma coisas!
A passar pelos dias e pelo seu potencial imenso de cara baixa, lágrimas nos olhos, nó na garganta, com uma tristeza que me toma conta de todo o peito (todo o corpo?!) por não estar a reagir como desejo e sempre sonhei. Por não estar a aproveitar (nem deixar aproveitar) a minha filha como, acima de tudo, ela merece.

Muitos momentos não vejo "a luz ao fundo do túnel" e sinto-me um fardo, uma falhada, perdida num caminho que não conheço.

Há uns tempos uma amiga disse-me "Tens duas hipóteses: podes olhar para trás, daqui a 5 ou 10 anos e pensar: Consegui dar a volta! Fiz mil e uma coisas, expus-me aos meus mais íntimos medos, sofri que nem uma condenada, mas consegui... ou podes ver o contrário...".
Ela, como outras Amigas, acreditam que consigo várias coisas. A verdade é que... me falta a mim acreditar e isso está-me a matar aos pouquinhos.
Destas palavras tenho-me lembrado muito e já me fizeram arrebitar algumas veezs, mas não ultimamente, o que me deixa mais em baixo, mais de rastos, mais "vencida" e revoltada comigo mesma.

Hoje, agora, acabei por aqui verter palavras e emoções que me vão na alma e no coração. Sem contar.
Talvez me esteja a fazer bem.
A verdade é que tenho é de sair de casa e ir viver. Urgentemente!

Uma vez mais o medo. O medo de não conseguir! Mas para o saber há que tentar!
Primeiro vou ter de vencer a inércia que se está a apoderar de mim. Vou TENTAR vencê-la, que o sofrimento é grande, para todos!

6 comentários:

Anónimo disse...

Se me permites a franqueza parece-me que estás a sofrer de depressão pós-parto. Consulta um especialista, um psicólogo. Fala, desabafa, chora tudo o que te vai na alma. Nós mulheres às vezes precisamos disso para nos recompormos.
A vida não é perfeita, todos temos limitações, nem nós somos perfeitas, nem os nossos filhos ou nossos companheiros. Quando colocamos a fasquia muito alta com metas que por vezes são inatingíveis fica a frustração de nao haver conseguido quando já sabemos que é tarefa impossível...
Aceita-te como mulher, como mãe. A tua filha não terá melhor mãe que tu, acredita nisto. É de ti que ela precisa, é do teu amor não de outra mãe qualquer, tu hás-de ser sempre a melhor mãe mesmo quando optares por decisões que depois verás que não foram as mais acertadas...porquê? porque te basearás no amor que sentes por ela e porque todas as tuas decisões serão sempre tomadas pelo bem dela, pelo amor que lhe dedicas. Procura a serenidade no olhar terno e doce da tua filha, no teu amor, no seu cheiro, no seu calor.
Fica com um grande beijo de alguém que passou pelo mesmo...

vida disse...

não te deixes abater!! quem não tem momentos assim... mas pensa no que te faz feliz, no que te realiza e luta para ficares BEM!!!!! e amanha será um dia muito melhor!!!! bjsss

Inca disse...

ter medo é normal, é sinal que és humana. Trata de ti, e vais ver que o sol vai brilhar todos os dias, por ti, pela tua filhota e por vocês os 3.beijinhos carinhosos.

Cláudia, Pimpo e Pimpa disse...

Na minha opinião, e porque já passei por isso, acho que devias de ir ao médico e explicar como te sentes.
Tens de arrebitar!
Não te conheço pessoalmente, mas tenho "pena" que estejas a viver AQUELE momento tão desejado e não estejas a aproveitar a 100%.

Bjs no coração.
Cláudia

zeliaevora disse...

hoje estás melhor, certo querida?

TC disse...

Os últimos dias têm sido cada vez melhores, mas desde sábado que ainda arribei mais. Muito mais!! :O)